TO BE OR NOT TO BE
Um grande dilema para se lidar com o mundo, e no mundo da educação, é o quanto você está disposta a estar disposta. Hoje, na Escola Estadual Josefa Soares, em Ribeira do Amparo, foram aulas pela manhã, tarde e noite, rivalizando com celulares, conversas e cadeiras propositadamente sendo arrastadas no corredor, durante aulas vagas, por pessoas que estão numa realidade de abandono, e que reagem de maneira rude, obtusa, como se estivessem dando uma grande resposta ao mundo, não querendo até o pouco que possuem.
Existir é, definitivamente, muito complexo. Topo e base da pirâmide encenam os seus papeis sem questionamento. O topo se sente o máximo, oprime, não se importa. A base, se sente insatisfeita com tudo e, por geralmente não identificar a engrenagem maior que gera tudo isso, reage: risca as paredes, não da importância ao estudo, usa o volume máximo nos corredores enquanto nos esguelamos nas salas.
Por mais insólito que pareça, é exatamente essa a importância de continuarmos acreditando. Mas, quanto estamos dispostos a estarmos dispostos? "Murro em ponta de faca?"... De novo, Zeca Baleiro: "... não é que eu ache que o mundo tenha salvação."
Por mais insólito que pareça, é exatamente essa a importância de continuarmos acreditando. Mas, quanto estamos dispostos a estarmos dispostos? "Murro em ponta de faca?"... De novo, Zeca Baleiro: "... não é que eu ache que o mundo tenha salvação."
... Dentro de tudo isso, prefiro o grande Darcy Ribeiro:
“Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu"
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