NO TEMPO D´EU CRIANÇA
Quando os aviões passavam indiferentes
Tão alto, mas tão alto que doía a vista
Eu, lá embaixo, tão pequenina
Me questionava se eles,
Eles, os que andavam de avião, me viam
E se viam a minha cidade pequenina.
Desejava secretamente,
Com a inconsequente inocência de uma criança
Que o avião caísse na roça de vovó
Mas não era queda de morte não
Era só pra saber se eles sabiam
Ou pra fazer saber, se eles não sabiam
Que ali era o lugar que eu morava
E morava um monte de gente
Com um monte de história
E um monte de boniteza.
Mas que não andava de avião.
Poema originalmente postado no meu segundo blog, em 18/08/2005.
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