MORRE UM SER HUMANO
Hugo Chávez, ACM, e tantas outras figuras notórias e polêmicas, quando morrem, me suscitam um sentimento diverso daqueles que apenas os amavam, ou apenas os odiavam. O meu sentimento é de um pesar pelo fim do exercício da singularidade caricatural, destas pessoas, que pelas cores fortes das suas personalidades serviam como uma aula sobre o que é o Ser Humano: sempre diverso, controverso, complexo, capaz das mais fascinantes ações, e dos mais reles atos.
Acredito, chegou o tempo de acabarmos com os fundamentalismos que nos fazem amar, de tal forma, que não enxergamos os defeitos de quem somos levados a amar, assim como chegou o tempo de acabarmos com os fundamentalismos que nos fazem odiar, de tal forma, que não enxergamos as qualidades de quem somos levados a odiar...
Observar, aprender mais sobre a existência, sem nos perdermos nas efemérides do caminho, nos julgamentos parciais acerca do outro, para quem sabe um dia aprendermos de fato o que é morrer, o que é viver, con-viver, ou o que somos nós.
Imagem: René Magritte, "A traição das imagens" - 1929.
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