... DO INQUIETANTE
de 26/07/2005
A existência sempre me fez, e muito provavelmente continuará fazendo, habitar nos recônditos do inquietante...
Para determinadas mentes, as que se abriram para o que convencionamos chamar de conhecimento, viver é um êxtase insano de buscas e necessidades insatisfeitas...
Ando com vontades largas e profundas... Uma espécie de expansividade para o além das coisas criadas e outorgadas pelo humano, mesmo me servindo dele e de mim, que também sou humana, para tentar transcender...
Vontade de fotografar nuvens, de viajar sem destino perseguindo horizontes, de saltar no espaço como criança danada, que tenta des-cobrir o segredo guardado debaixo das saias do universo...
Cada vez menos me sinto pertencente a este mundo das coisas vazias e invariavelmente medíocres. Na TV os mesmos problemas, as mesmas piadas, a mesma beleza branca e européia, a mesma fome de comida, e a mesma falta de apetite por mudanças...
A evolução é a evolução das formas e da superfície, mas não encontro mais sofrimento nestas constatações, apenas sinto que vão desaparecendo as amarras ilusórias que me prendiam a tudo isso... e me nascem asas...
Vôo!...
Um comentário:
ah que texto massa, me vi com essa inquietação que se personifica em asas depois de um tempo...
esse é o melhor estágio.
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