ALMA BRINCANTE
Escrevo poemas para quem me encanta, em momentos de encanto. Este foi feito para a minha professora Lídia Hortélio, pesquisadora das brincadeiras da infância, nascida em Serrinha, quase pertinho de Ribeira do Amparo ...
Nela e por ela a infância nunca morre, pulsa, brinca e contagia!
... nos falava que a criança aprende brincando, e nos fazia brincar para (re)aprender!... Nos fazia entender que é por isso que adulto quase não aprende, apenas prende-se ao padrão e segue soldadinho de chumbo, sem ser o da brincadeira: batendo continência, fazendo reverência, e atacando o outro soldadinho sem nem saber o nome dele, sem nem saber por que assim o faz...
A brincadeira predileta da professora Lídia é a das cinco pedrinhas, o que me fez, por antítese, lembrar das drummonianas pedras no caminho, e fotografar o contraste em versos, logo abaixo transcritos,
CINCO PEDRINHAS
No meio do caminho tinha uma pedra
Peguei
Tinha uma pedra no meio do caminho
Catei
No meio do caminho tinha uma pedra
Levei
Tinha uma pedra no meio do caminho
Juntei
Até formar cinco pedrinhas
"Preu" poder brincar
E então brinquei.
Eis um acontecimento que nunca irei esquecer
Que no meio do caminho tinha uma pedra
Pra me atrapalhar,
E me atrapalhei,
Pois ao invés de cair, tropeçar,
Simplesmente me pus a catar
Pra poder brincar
E então brinquei.
ddai
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5 comentários:
lindo {:
adoro essa sua poesia.
ouvi direitinho sua voz. vc falando naquele dia, lembra?
beijo
Nossa...!
Preciso - com urgência - aprender essa brincadeira!
=)
Amei.
...Pegou a pedra e saiu... Ou melhor, saiu-se, tão grande quanto Drummond... Parabens, por ter seguido o mestre com as mãos cheinhas de poesia e de liçôes!
Ran. Caetano
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